Coleção de boas práticas e ferramentas para a definição de perfis

Esta boa prática destina-se ao perfilamento de aprendentes, em particular pessoas sem formação universitária prévia e/ou com antecedentes migratórios. O objetivo é apoiar pessoas com pouco conhecimento sobre o sistema universitário na Áustria.

A boa prática foi desenvolvida pelos serviços estudantis da Universidade de Graz.

Os estudantes podem contactar o Gabinete de Mentoria entre Pares caso considerem precisar de apoio devido à sua diversidade de origens. Para isso, foi criada uma presença web bem estruturada com toda a informação necessária. Além disso, o Gabinete organiza “dias de prova” para estudantes em curso e outros eventos para conhecer melhor as necessidades do seu grupo-alvo. A divulgação do programa é feita em eventos próprios, bem como em “dias de portas abertas” e “feiras escolares”. O gabinete recolhe informação sobre os candidatos através de uma primeira conversa informal sobre a sua situação pessoal e durante os eventos planeados.

Informação recolhida sobre os aprendentes: informação genérica como dados biográficos, escolaridade e formação, experiência profissional anterior, competências e capacidades.

Oferecer um website estruturado e organizar eventos informativos é um método altamente transferível.

Tipos de diversidade abordados pela boa prática (em linha com as prioridades Erasmus+): barreiras ligadas aos sistemas de educação e formação, diferenças culturais, barreiras sociais e económicas, barreiras ligadas à discriminação.

O Programa MAIA do Instituto Universitário Atlântica, implementado no ano letivo 2021/2022, tem como objetivo acolher, ajudar e integrar todos os novos estudantes (nacionais e de mobilidade internacional) na instituição. Para facilitar a transição dos novos estudantes para o novo ciclo de ensino superior, o Instituto Atlântica conta com a ajuda de estudantes de graduação de diversos cursos (Mentores). Estes estudantes, de forma voluntária, possuem as características ideais para integrar os novos alunos. Para além dos estudantes nacionais, os Mentores apoiam também estudantes estrangeiros que vêm estudar no Técnico através de vários programas de mobilidade.

Os estudantes de mobilidade nacional e internacional podem vir de países e culturas muito diferentes, pelo que uma rápida integração na cidade e na instituição é essencial para o sucesso desta experiência. O apoio necessário centra-se na resolução de alguns obstáculos burocráticos (passes de transportes, telemóveis, entre outros), na introdução à cultura portuguesa e na procura de alojamento, bem como na ajuda com diversas questões relacionadas com as unidades curriculares, aulas e docentes. O apoio é prestado nas primeiras semanas letivas, com visitas guiadas pela instituição, sessões de informação, ajuda com o material e bibliografia necessária para as unidades curriculares, apoio pessoal, se necessário, entre outras coisas.

A informação sobre os aprendentes é recolhida através de formulário online, entrevista pessoal e organização de grupos focais.

A informação sobre os educadores é obtida no processo de candidatura online (formulário online com dados pessoais + carta de motivação + verificação dos critérios).

O projeto de mentoria acaba por ser transversal a várias áreas e permite a coesão entre elas.

A boa prática aborda os seguintes tipos de diversidade (de acordo com as prioridades Erasmus+): barreiras à educação, barreiras sociais e económicas, barreiras geográficas, barreiras ligadas à discriminação.

Workshop implementado pela Escola Superior de Coimbra em Portugal que promove literacias, oportunidades iguais de aprendizagem, formação e empoderamento; estimulando a autoestima, a participação e a inclusão social dos participantes.

Os participantes têm idades entre os 20 e os 95 anos, são maioritariamente mulheres, ciganos (Roma), imigrantes, idosos institucionalizados e não institucionalizados, alguns com demência em fase inicial e necessidades educativas especiais. Reúnem-se uma vez por semana, em vários locais, dias e horários.

Esta boa prática inspira-se na abordagem de Paulo Freire.

A informação biográfica (sobre escolaridade e formação, mas também experiência profissional e hobbies) é fornecida pelos interessados após a divulgação do trabalho da associação Letras Prá Vida em centros de emprego, associações de apoio, centros de refugiados e autarquias.

A boa prática aborda os seguintes tipos de diversidade (de acordo com as prioridades do Erasmus+): diferenças culturais relacionadas com a língua, deficiência, problemas de saúde, barreiras ligadas à discriminação.

Considerando que esta boa prática utiliza uma metodologia que valoriza o indivíduo e que os recursos para a sua implementação podem ser produzidos conforme o grupo, acredita-se que é facilmente transferível para outras áreas. De facto, desde a sua criação até hoje, tem sido replicada noutros locais.

O Passaporte Qualifica é um instrumento tecnológico para o registo das qualificações e competências adquiridas ou desenvolvidas ao longo da vida adulta, oferecendo também orientação sobre percursos formativos.

Esta ferramenta permite ao utilizador aceder a todas as possibilidades de qualificação disponíveis, de acordo com as suas necessidades e expectativas. O principal objetivo desta boa prática é promover a valorização e motivação para a aprendizagem ao longo da vida.

A plataforma online é promovida pela ANQEP (Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional) e é utilizada pelos Centros de Educação de Adultos em Portugal.

Esta ferramenta pode ser utilizada por qualquer aprendiz, desde que se registe na plataforma. Na prática, é especialmente dirigida a pessoas que procuram uma qualificação profissional e a quem abandonou a escola precocemente.

São recolhidas informações biográficas (sobre escolaridade e formação, idade, género, situação profissional, hobbies) para compreender e construir o perfil do participante e propor um percurso de qualificação adequado.

Atualmente, esta ferramenta é utilizada a nível nacional, mas responde a um perfil específico. Para ser transferível para outros contextos, deverá ser adaptada às respetivas realidades.

A boa prática trata os seguintes tipos de diversidade (de acordo com as prioridades Erasmus+): barreiras à educação (indivíduos que enfrentam dificuldades no sistema de educação e formação por vários motivos, incluindo jovens que abandonaram precocemente a escola, NEET e adultos com baixa qualificação).

Nova metodologia desenvolvida pela Atlântica – Instituição Superior em Portugal, que conduz à produção de conteúdos formativos que respondem às necessidades dos empregadores e integra formação no mercado empresarial e mentoria através de uma plataforma digital para monitorização dos formandos. O e-learning baseia-se numa plataforma digital que acompanha os formandos, permitindo-lhes entrar no mercado de trabalho e melhorar continuamente as suas competências.

O objetivo geral do projeto é contribuir para a redução do desemprego na população desempregada entre os 20 e os 29 anos com ensino superior.

Não são recolhidas informações sobre os formandos além do estritamente necessário: formação académica, nome, idade e interesses. O objetivo é simplificar a amostra e manter apenas o essencial.

Houve uma partilha de conhecimento que permitiu aos participantes transferir o seu saber para áreas do respetivo mercado de trabalho. As informações foram recolhidas através de formulários online e entrevistas.

Em termos de transferibilidade, o projeto TSEMY pode ser facilmente utilizado por formadores e formandos e é efetivamente adaptável às necessidades dos utilizadores. Com a presença de uma caixa de ferramentas de fácil interpretação, os seus utilizadores podem adaptá-lo para desenvolver novas formas de aprendizagem.

A prática aborda a diversidade, nomeadamente barreiras à educação, barreiras sociais e económicas e barreiras ligadas à discriminação.

Processo de avaliação e adaptação para alunos com necessidades educativas especiais (NEE) implementado no centro de EFP La Blanca Paloma, em Granada (Espanha).
Este processo inclui avaliações iniciais e contínuas para identificar e responder a necessidades específicas. O objetivo desta boa prática é garantir um apoio abrangente e a inclusão, através de estratégias educativas adaptadas.

Destina-se a alunos de Ensino e Formação Profissional (EFP) com NEE diagnosticadas pelo Governo Regional da Andaluzia – Conselho de Educação, ou identificadas pela equipa educativa.

A informação sobre os alunos é recolhida através de uma avaliação inicial realizada pela equipa educativa, complementada, quando disponível, pelo diagnóstico oficial.

A prática aborda a diversidade relacionada com alunos com deficiência, problemas de saúde, barreiras à educação e discriminação. É altamente transferível para outros contextos educativos e pode ser adaptada a diferentes tipos de NEE.

O centro de EFP La Blanca Paloma e o Centro de Dia Ocupacional “Padre Villoslada” promovem a participação conjunta de estudantes e utentes em atividades como teatro, oficinas e desporto, fomentando competências sociais e a integração.

A prática destina-se a estudantes dos cursos de Integração Social e de Animação Sociocultural e Turística, bem como a utentes do Centro de Dia para pessoas com deficiência mental. Realça a importância de compreender e responder às diversas necessidades, promovendo a inclusão em contextos educativos e sociais.

A participação direta de todos os estudantes e utentes nas atividades conjuntas permite uma experiência de integração plena, em que todos se sentem valorizados e parte do grupo.

A abordagem é altamente adaptável como modelo de aprendizagem inclusiva e integração social em contextos diversos. Esta prática aborda a diversidade relacionada com alunos com deficiência, problemas de saúde, barreiras à educação e discriminação, sendo facilmente transferível para outros contextos educativos e ajustável a diferentes tipos de NEE.

Um programa abrangente de estágios desenvolvido pela equipa educativa do Centro de Formação Profissional La Blanca Paloma, que envolve a caracterização e correspondência dos estudantes com empresas e organizações adequadas dentro de uma vasta rede de entidades externas parceiras. O programa garante ajustamentos no local de trabalho, sempre que necessário, e assegura um acompanhamento contínuo durante os estágios, estabelecendo um padrão elevado em comparação com outros centros de formação profissional em Espanha.

A organização realiza o perfil dos utilizadores através dos procedimentos definidos pela equipa educativa para a caracterização e correspondência dos estudantes com as entidades parceiras. Previamente, o estudante elabora uma lista de locais onde tem interesse em realizar o estágio. A seleção dos estudantes considera o desempenho académico nas disciplinas relevantes do 1.º e 2.º ano e segue a seguinte estrutura: média de cada disciplina (60%), entrevista pessoal (20%) e questionário de seleção (20%). Após este processo, cada estudante terá acesso (ou não) ao estágio escolhido.

A prática aborda a diversidade no que diz respeito a aprendentes com deficiência, problemas de saúde, barreiras à educação e situações de discriminação. É uma prática altamente transferível para outros contextos educativos, adaptável a diferentes tipos de necessidades educativas especiais (NEE). Em suma, trata-se de uma prática com elevado potencial de replicação noutras instituições educativas que pretendam melhorar as oportunidades de estágio e de colaboração.

O departamento de Recursos Humanos do Centro de EFP La Blanca Paloma, em Granada (Espanha), implementa um processo de seleção de professores que valoriza a experiência com pessoas com deficiência e a alinhamento com a abordagem inclusiva da Fundación Docete Omnes.

A informação sobre os educadores é recolhida durante o processo de seleção, tendo em conta critérios como competências linguísticas, diplomas, formação específica e, especialmente, experiência no trabalho com pessoas com deficiência.

O processo inclusivo de seleção de professores é aplicável a outras instituições educativas com foco na educação inclusiva.

Esta prática aborda a diversidade relacionada com alunos com deficiência, problemas de saúde, barreiras à educação e discriminação.