| Specific goals of the GP: |
O processo de formação de grupos é concebido de forma orientada para as diferenças existentes, por exemplo, na identidade profissional, nos papéis, na experiência, etc.; é baseado em competências; o método promove que todos os membros do grupo utilizem e contribuam com as suas diferentes competências para o método e para o seu resultado.
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| Summary: |
Antes do primeiro encontro em sala de aula, os estudantes recebem a seguinte tarefa no Moodle:
“Antes da nossa primeira aula, gostaria muito de vos conhecer um pouco melhor. Por isso, a vossa primeira tarefa é escrever-me uma carta curta (máx. 1 página) que contenha a seguinte informação:
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Alguns detalhes pessoais que descrevam quem são e o que gostam de fazer (personalidade, hobbies, etc.);
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Porque escolheram estudar enfermagem de saúde materna? Porque querem ser parteira?
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Quais são as vossas experiências com o inglês até agora? (Gostavam de inglês na escola, usam inglês no vosso dia a dia? Já estiveram num país de língua inglesa? Sentem-se confortáveis a falar inglês em frente a um grupo, etc.);
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(Porquê) acham que pode ser útil para uma parteira a trabalhar na Áustria ser competente em língua inglesa?”
O que a professora de inglês aprendeu com este exercício e porque considera que é um bom exemplo de Boa Prática:
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Criar uma relação com os estudantes é mais fácil quando sabemos algo sobre eles. Isto é, por vezes, difícil de conseguir apenas durante a aula, devido ao número de estudantes. Numa carta, os alunos comunicam o que querem partilhar – não são colocados em evidência como acontece quando recebem uma pergunta diretamente em sala.
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Quando existem interesses em comum (entre educador e estudante ou entre os próprios estudantes), isso pode beneficiar o ambiente da aula. Especialmente numa aula de língua estrangeira, um ambiente positivo, aberto e amigável é essencial, já que reduz inibições no momento de falar.
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É útil compreender a motivação dos estudantes para frequentarem aquele curso em particular.
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A terceira questão é especialmente útil por várias razões. Em primeiro lugar, a professora pode ter uma ideia de quão variados são os níveis e experiências em inglês (muitas vezes muito heterogéneos – alguns estudantes passaram mais de um ano num país de língua inglesa, outros não falam a língua desde a escola, há vários anos).
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Em segundo lugar, os sentimentos dos alunos em relação à língua também são muito importantes. É mais fácil admitir numa carta, em vez de frente aos colegas, se se tem dificuldades, ansiedade ou se não se gosta de falar inglês, por exemplo. Se a professora estiver ciente disso, pode ter mais sensibilidade perante estas atitudes em sala.
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Refletir sobre a necessidade do curso que estão a frequentar é benéfico. É mais útil que os alunos percebam por si próprios porque precisam do que estão a fazer, em vez de ser apenas o educador a dizer-lhes.
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No passado, a professora também escreveu uma carta para os alunos – eles recebiam essa carta primeiro e depois tinham de responder com a sua própria carta.
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Não é adequado para grupos muito grandes. Recomenda-se um máximo de 15 estudantes.
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A carta pode também fornecer informação útil para a criação de Personas – se esse for um objetivo.
Extensão da Boa Prática “Carta de Apresentação no Curso de Inglês”: Formações de Grupos Diversificados na sala CLIL*
No Instituto FH Joanneum de Serviço Social, vários cursos, incluindo Serviço Social Internacional e Intercultural, utilizam uma abordagem baseada em CLIL.
Isto significa que conteúdos específicos da disciplina são ensinados numa língua estrangeira – neste caso, inglês. O objetivo deste método é desenvolver simultaneamente o conhecimento disciplinar e as competências linguísticas.
Na primeira sessão, os alunos preenchem o Questionário de Atitudes face ao Inglês. Os professores analisam os resultados e discutem-nos com os estudantes. Através desta reflexão, os alunos percebem que diferentes pessoas se destacam em diferentes áreas, sendo o inglês apenas uma delas.
É geralmente incentivado que os alunos formem grupos de trabalho mistos, juntando aqueles que têm mais confiança a usar inglês e aqueles que têm menos. Desta forma, aprendem uns com os outros e aprendem a apoiar-se mutuamente.
CLIL = Content and Language Integrated Learning (Aprendizagem Integrada de Conteúdos e Línguas).
Espaço e requisitos para a prática:
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É necessário que o grupo de pessoas seja conhecido, pelo menos em parte, antes da implementação da BP, para compreender e identificar as dimensões relevantes das diferenças de competências (ex.: compreensão dos papéis profissionais, anos de experiência, etc.).
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O menor grupo possível pode determinar o número de grupos, o que constitui uma limitação relevante.
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